Entre a lucidez que eu vejo em você
E a coragem que você vê em mim
Existe um meio termo morno
Agradável ao paladar
Entre todas as suas roupas jogadas
E toda minha crença em quase tudo
Não resta a mínima dúvida:
Precisamos de mais espaço ainda
Podemos alimentar nossas imagens
Com o que há de mais orgânico
Mas se o veneno não vem de fora
Certamente já está dentro
Não se vive muito bem
Sem ter contato diário com o letal
É bom para a pele (a ciência comprova)
Saber ajustar a hora do bote
Uma hora, nos despimos de nós
E não tem jeito:
A pele se torna transparente
É a desistência de nos vestirmos
Acordamos com quase nada novo
E, que eu me lembre
Esta foi minha última novidade:
Quando você ri, é de verdade