segunda-feira, 16 de julho de 2012

Conhaque


Algo quente, por favor.
Seja da cor que for,
Que eu já não ligo mais pro tom.
Então traz marrom, amarelo, neon...
Seja tônico ou não,
Traz seu dom e me serve.
Traz seu dom que ele me serve,
E não importa a demora, a espera, o perdão...
Só me cabe cobrar que venha da tua mão
Tudo que se propõe a estar prestes
A prestar-se ao seu papel
Ao seu amassado, envelhecido e rabiscado papel.
Algo quente, por favor.
E, se for vermelho é melhor!
Se vier rápido eu muito agradeço,
Aliás, ao menos pressa eu mereço,
Que eu já não ligo mais pra nada
Que demore mais que um poema.

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