domingo, 28 de julho de 2013

Presente


Toma um gole de calma, que é melhor pra ver
Tudo que está por dentro a ponto de ferver
Sente um pouco do frio lá fora e depois volta
Seu cachecol é você

Toda beira de caminho é quase um rio de perigo
Quase um poço de abrigo, quase um mar de vida só
Toda hora de acordar é quase de cortar o umbigo
Quase uma chuva grossa e, de novo, quase um mar

Sonhe lento, tome tento
Pegue em todas as mãos que puder segurar
Tente a crença, a água benta, e logo você vai voltar
Pra sua casa, vai abrir a velha porta e ver que é lá
Que dá pra descansar

Empresta um olhar de carinho
Cuida da sua magia de ser assim
Um pouco de verdade, um pouco de saudade
Uma alegria velha e uma novidade

Então, hoje quando o fim do dia chegar em você
Tira a roupa, o sapato, põe seu pé pro alto
Guarda o resto do dia pra virar meu horizonte
Mesmo que de longe

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