terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ideais

 

Oh só pra essa petulante mania
Que esse povo tem de insistir
Em recitar música e cantar poesia
Fazendo até moço brabo, sorrir

Chega um assim meio acanhado
Desses que te olha assim de baixo
E caminha mei desconsertado
Rio Brandão que aparenta riacho

De repente, cê já tá hipnotizado
Respiração no compasso dos versos
E o resto fica tudo embassado
Leia aí só mais uma, eu te peço!

A coisa toda já tomou conta dela
Não sabe se recita, se canta, se chora
Pra ela decidir basta a gente dar trela
Elisa é lisa e se encaracola sarau afora

E aquele ali ainda diz que é de mar
A rima é doce, lhe dê um Sol pra ver
Edimar de mansinho toma seu lugar
Faz música assim, como quem nina bebê

No intervalo duma canção bonita
Me chega esse cabra arretado
Wesley com artigos, és lei bendita
Queria aprender seu palavreado

Ai, que o peito parece que num guenta
Nunca vi tanta riqueza ajuntada
Vem minha vó, traga uma água benta
E tome tento com essa rima virgulada

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