A saudade é uma comemoração
Deveria ter um bolo e balões
Deveriam soltar fogos e rojões
Em uma verdadeira saudação
Comemorar é lembrar junto
E aí eu me faço companhia
E nunca vai faltar assunto
Pra saudar a antiga sintonia
Juntar é abraçar os pedaços
Mas sem precisar encaixar
Só criar coloridos mosaicos
No desenho que me agradar
Pedaços são partes viajantes
Daquele todo que espatifou
Viajam buscando seu antes
Como a foto que amarelou
Viajantes não são, estão
Não têm lugar nem aluguel
Basta boa perna e um tostão
A vida lhes dá tela e pincel
Estão todos os que mudam
E não emudecem sua essencia
Pra que eles nunca se iludam
De que na vida existe frequencia
Mudam todos os que vivem
E ao mudar nossa narrativa
Mesmo os parados se movem
Sob essa nova perspectiva
Viveram os que comemoraram
A velha saudade dos viajantes
E os abraços que se mudaram
Tecem o valor desses instantes
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJuro que me lembrou do "comer, rezar e amar"
ResponderExcluiresse povo de "alma de viajante" é fogo!
mas fazer o q se, acorrentar essa arte só faz faltar beleza.
Parabéns, Deia, pela beleza que vejo nos olhos de seus versos.