Para a minha Rainha do Lar, dona Cris |
Você vira algodão quando me abraça
Seu olhar é Deus quando me olha
O cabelo de seda me desembaraça
Choro e fico seca, você chove e molha
Onde você pisa é endereço da paz
Quando você dorme parece ursinho
Revestido de inocencia que me traz
A vontade de nunca largar o ninho
Eu já nem acho que tens bondade
Acho que a bondade é que tem você
E a julgar pela sabedoria da idade
És criança que preferiu não crescer
De manhã passarinhos cantantes
Te entregam alegria pela janela
Em troca disso levam o diamante
Que é poder, logo cedo, ter com ela
Já deu nome pra árvores e flores
Que estão a te esperar ansiosas
“Bom dia Bia, bom dia Dolores”
Espinho desiste de dificultar rosas
Ensinou que o amor que temos
Não é posse, pois assim adoece
Nasce conosco para que doemos
Senão o peito murcha e apodrece
Impossível descrever de jeito justo
Você não cabe nesse simples versar
Quando acho que sei, você me dá susto
És um poema que nunca vou terminar
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