domingo, 1 de janeiro de 2012
A Luz Nunca Acaba
A poesia
Ela não exige do poeta
A expressão da verdade do mundo
Pede apenas que pensamento vire letra
Mas, às vezes, quase que por acidente
Muita gente acaba concordando
Até que se verse o contrário
Melancolia
É tinta na ponta da pena
Um combustível irracional aditivado
Aperta com força a garganta do poeta
E até periga morrer aquele que se nega
A deixar escorrer no papel essa senhora
De má aparência e boa consequência
Caligrafia
É quem mostra a urgência do autor
Seu mudar de idéia, e sua direção
Tem verso que acaba subindo morro
Deve ser pra ver tudo lá de cima
E por mais que seja confuso o garrancho
Todo bom coração entende com maestria
Dia a dia
É a encenação da própria poesia
Que encara com leveza a melancolia
E tem mais sinceridade que a caligrafia
Dá oportunidade de ter no olho uma lente
Que transforma tudo em estrofes e versos
A poesia
Rascunho eterno e interno
Está onde quer que queira enxergá-la
E eu desconheço notícia
De alguém que teve, em vida, tempo
De passá-la a limpo
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