Para Ramon, o chef de poesias e poeta de temperos |
É o cômodo a melhor te acomodar
Bem como memória acomoda aroma
Logo a boca é morada pro paladar
Ao passo que a pele a tudo se soma
Esse tempero é a sua alquimia
Traz melodia ao seu refogar
Desperta do sono a fresca poesia
Derrama ouro pro alho se banhar
Suas medidas sempre a versar
A impotancia da xícara em ¼
Rima regendo o seu misturar
Até orquestrar o ponto exato
Um quarto é cômodo, e medida
São quatro paredes, ou partes
Guarda a noite bem dormida
Como a horta acomoda tomates
Já não lacrimeja pela cebola
Mas não cessa de se emocionar
A borbulha, o dendê e a cenoura
Fazem cômodo no seu olhar
Com brandura aquece o azeite
Faz chamego com faca afiada
No sorriso acomoda o deleite
Pela história da pele cortada
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