Para Matheus Rodrigues, que me escuta até quando só me lê |
Uma calma que parece infindável
Com simplicidade de expressão
Entendimento até do improvável
Em palavras, risos, gratidão
Anda bem mais distraído que eu
Mas presta muito mais atenção
Se perguntar que foi que sucedeu
Ele te conta com exatidão
Exatamente por ser diferente
É que acaba sem entender
Como pode essa gente descrente
Lhe dizer qual o certo proceder
Não quer divã, ai que teimosia
Já falei que não vai ter remédio
Ao menos não quis engenharia
Se livrou de um baita dum tédio
Tem naquele texto do Foulcaut
A verdade passa pela loucura
Acho que ele não se espantou
Decidiu escolher a ternura
De estudar o mal pela semente
Porque é que a gente silencia?
Qual é a culpa de quem sente?
Porque é que ela faz poesia?
Ele vai perguntando de um lado
E acaba enxergando do outro
Pode até parecer abismado
Mas está nada mais que envolto
E se for parar pra analisar
E separar o trigo do joio
Notará que a função de enxergar
Não foi dada puramente ao olho
Oro a Deus que sempre te oriente
Pra que deixe seu amor içado
E que nós andemos sempre rente
E esse parabéns tá atrasado!
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