terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Foco Na Fofoca
Foco na Fofoca
Mas cadê o pai dessa menina?
Isso lá é coisa de moça direita?
Cadê o pai dessa menina?
Vou ficar aqui só na espreita
Sai de casa esticando um galope
Passa na rua toda assanhada
Aposto que procura quem tope
Bancar seus desejos, abusada!
Seus versos lembram sua anca
Larga e volumosa, de parideira
Em cada linha que antes era branca
Tem parto de frase, sem eira nem beira
E ela rebola essa versaiada
Na cara dum monte de escritor
Que ficam até cas calça arriada
Erguem o lápis pra falar de amor
Cadê o pai dessa menina, Maria?
Repara como ela mostra os peito
Dentro do que chama de poesia
E sai amostrando pros moço direito
Menina, dizem até que ela agora
Faz isso com fêmea e com macho!
Diz que pra isso num tem sexo nem hora
E só falando poesia que ela sossega o facho
Mas olha, é mesmo muita rebeldia
Sair de casa e fazer essa besteira
É claro que ela tá de poetaria!
Na rua chamam até de poeteira!
Passa as noites tocando poetas
Parece até um tipo de sina
Vive com boca e pernas abertas
E cadê o pai dessa menina?
E já tá prenha, num te falei Benedito?
Diz que ta parindo poema todo dia
E os menino até que são bonito
Pena morarem num antro de poetaria
Tadinho, eles nem tem culpa
Mas são mesmo uns filhos da... poeta!
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